Em alusão ao Outubro Rosa, colaboradoras do Hospital São Camilo participaram, nesta terça-feira (14), de uma roda de conversa com a ginecologista Dra. Gilsara Marques, realizada na sala de deambulação da Maternidade da instituição. O encontro teve como objetivo promover um momento de aprendizado sobre a importância do autocuidado e da prevenção ao câncer de mama.
O tema da roda de conversa, “Cuidar de quem cuida: o poder do autocuidado no Outubro Rosa”, foi pensado especialmente para as mulheres que dedicam suas horas de trabalho ao cuidado de outras pessoas, mas que muitas vezes acabam esquecendo de olhar para si mesmas. A campanha Outubro Rosa é um movimento mundial que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, incentivando as mulheres a conhecerem o próprio corpo e a manterem seus exames em dia.
Dra. Gilsara iniciou a conversa ressaltando a importância de a mulher conhecer o próprio corpo, sem tabus ou receios. “Quando a mulher se conhece, ela se empodera. O autoconhecimento é o primeiro passo para o autocuidado, para a saúde física e emocional. O câncer de mama pode ser evitado e, quando descoberto precocemente, um em cada três casos pode ser curado”, destacou a médica.
Durante o encontro, a ginecologista também falou sobre os fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a doença, citando aspectos ambientais e comportamentais, como obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Segundo ela, o exercício físico regular é um dos principais aliados na prevenção. “Uma atividade física casual, como uma caminhada para o trabalho, não substitui o exercício físico regular. Foco, respiração e movimento devem estar integrados”, ressaltou.
A médica enfatizou ainda que o cuidado com o corpo precisa começar cedo. “A mulher precisa entender que o exercício físico é fundamental desde já. Não dá para esperar chegar aos 50 ou 60 anos para se movimentar. O cuidado é uma responsabilidade com o presente e com o futuro”, reforçou.
Dados atuais sobre o câncer de mama no Brasil
Durante a conversa, Dra. Gilsara também apresentou dados recentes levantados pelo último censo realizado em 2024, destacando avanços e desafios no enfrentamento ao câncer de mama no país. Foram realizadas 4,4 milhões de mamografias em 2024, sendo 2,6 milhões em mulheres de 50 a 74 anos. Apesar do avanço, a cobertura de rastreamento ainda é considerada baixa, com apenas 5,3% em alguns estados da região Norte e 33% no Espírito Santo.
A faixa etária com maior mortalidade permanece entre 50 e 69 anos, mas há uma tendência positiva, com redução das taxas de mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos nos últimos três anos.
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